quarta-feira, outubro 18, 2006

Lema da APAR

Levantar o caído, caminhar com ele e deixar que caminhe sozinho.
APAR - Associação de Proteção e Assistência ao Reeducando * PROCURE CONHECER:
FUNDADA em 20/12/1982.
Todos os fundadores, diretores e colaboradores (estatutariamente) não são e nem poderão ser remunerados, o trabalho é absolutamente voluntário.
A APAR não é uma entidade religiosa, embora seus fundadores e diretores o sejam. É uma Organização Não Governamental (OGN) de Assistência e por tanto ecumênica.
FINALIDADE: Propor ao Reeducando assistência Cristã, buscando reformulação em sua maneira de pensar e agir, em relação a sua pessoa (o que chamamos de “Reforma Íntima”) posteriormente em relação ao seu próximo e a sociedade em geral. Buscando assim sua verdadeira “Regeneração Espiritual”.
FORMAS DE ATUAÇÃO: Verificando o cumprimento da Lei também no que tange aos Direitos Humanos; buscando condições de tratamento digno e humanitário, no campo material, psicológico e principalmente Moral. Buscando estender estes Direitos aos familiares do Reeducando
ENTRE EM CONTATO E VEJA AS DIVERSAS FORMAS DE PARTICIPAÇÃO - Atendimento ao público:
Editora Paulo de Tarso - Rua 104 - Travessa Eurípedes Barsanulfo, 140 - Setor Sul - CEP: 74080-350 - Goiânia/GO – Brasil – Fone: 39428789 - Com Paulo Danilo

domingo, outubro 01, 2006

PRESÍDIO OU ESCOLA?



A história daquele jovem de 18 anos, não é diferente das histórias de muitos jovens pobres dessa idade, em nosso país e nos demais países subdesenvolvidos.


Ele estava ali, contra o muro, ao lado do carro roubado, em frente às câmeras e ao repórter que fazia a matéria para levar ao ar num desses programas de TV que exploram as misérias humanas.


O jovem estava vestido com visível pobreza. Camiseta, bermuda e "chinelo de dedo".


Em pé, com as costas no muro, ele apertava as pálpebras para evitar que as lágrimas caíssem, mas elas brotavam, teimosas, e rolavam pelo seu rosto amedrontado, apavorado, indefeso.


Ele não havia roubado o carro, era apenas o entregador.


Perseguido pela polícia, na curva de um viaduto ele perdeu a direção do veículo e se chocou contra a murada.


Agora estava ali, com as mãos algemadas e rodeado por policiais e pelos repórteres.


O outro garoto que estava com ele no carro no momento do acidente não era focalizado, já que era menor de idade.


O repórter, que sabia parte da história, perguntou ao jovem, desejando saber mais sobre o assunto:


"Sabemos que você não roubou esse veículo, mas poderia dizer para onde iria levá-lo?"


E a resposta do jovem:


"Nóis não sabe. Nóis tava levando o carro e alguém ia informá pra nóis o que era pra fazê."


* * *


Não havia dúvida...


Estava ali a prova da nossa falência, como sociedade, dita civilizada.


Todos nós, brasileiros, somos responsáveis pelo que aconteceu com aquele jovem e com os demais jovens e crianças do nosso país.


Sim, ele, como os demais, é um dos filhos da nossa pátria, e, portanto, responsabilidade nossa.


Quando não se constroem escolas, é preciso construir presídios para segregar os delinqüentes, que não tiveram acesso às letras.


Sem dúvida que o acesso à escola não é garantia de honestidade, e disso temos provas diariamente.


No entanto, a falta de escola tem sido a grande responsável pela delinqüência de nossas crianças, adolescentes e jovens.


E esse era o caso daquele garoto, que ainda trazia no rosto o semblante da inocência, da fragilidade, da insegurança, do abandono social.


Não havia dúvida de que era fruto da miséria, filho de pais que também não tiveram acesso à escola, ou talvez nem tivesse pais.


Pelas necessidades que portava, foi usado por alguma quadrilha de ladrões de carros.


Para ganhar alguns trocados e sobreviver, arriscava a própria vida.


Talvez você esteja se perguntando:


"E o que eu tenho a ver com isso? Isso é problema dos governantes."


Mas a própria consciência lhe pergunta:


"E se fosse seu filho, seu irmão, seu neto, seu sobrinho?"


É preciso, não há dúvida, socorrer a infância, construir escolas, criar condições de acesso das crianças ao estudo, à alimentação, à moradia, à segurança.


Ou, então, não restará outra opção a não ser construir presídios e mais presídios...


E vale considerar que os custos de manutenção de um detento, em nosso país, é muito, mas muito maior do que os custos de um aluno na escola.


Além disso, o cárcere tem outros tantos prejuízos para o indivíduo e para a sociedade, que não deixa dúvida que a escola é a melhor e mais barata das alternativas.


E a decisão, como sempre, é nossa.


Pensemos nisso!


TC 08/09/2006


Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita com base em fatos reais.


www.momento.com.br